domingo, 10 de agosto de 2025

Nunca imaginei

Hoje estou aqui… pensando.

Nunca imaginei que este dia chegaria — o dia de comemorar o Dia dos Pais sem ter você fisicamente comigo.

Uma dor silenciosa, um aperto no peito… e uma vontade imensa de te abraçar e ouvir aquele seu “oi, fio”.

Hoje fomos e tentamos ficar mais próximos .e a mãe com os olhos cheios de lágrimas, e disse: “Ele está bem… melhor do que se estivesse em um cemitério.”

Levei seu violão — talvez na inocência de acreditar que algum som pudesse sair.

Parte da família não estava preparada para ir… mas fomos. Firmes, não fortes. Porque mentir dizendo que não dói… não dá.

A saudade corre solta nas veias, queima.

Ah, meu paizinho… que bom que eu te beijei muito, que te abracei muito, que vivemos tudo o que podíamos viver.

Você estava lá nos meus dias de vitória… e nos meus maiores medos e dificuldades.

Não consigo lembrar de um momento em que você e a mãe não estivessem juntos comigo.

Fui um privilegiado de ter você tanto tempo ao meu lado.

Mas, a cada dia, a saudade fica mais aguda… mais doída.

E hoje, baixinho, eu disse “feliz Dia dos Pais”…

Mas a vontade era de gritar.

Eu fico esperando alguma coisa acontecer para ouvir sua voz… seu “oi, fio”…

Aquele jeito de me esperar dormir para depois me levar para o quarto.

Tô meio perdido, sem saber o que pensar, sem saber o que fazer.

Será que teremos outra chance?

Eu preciso acreditar… para conseguir seguir.

O seu anel de formatura está na minha cabeceira, guardado numa caixinha.

Pra eu nunca esquecer da sua luta.

A mãe está bem… a saúde física e mental dela está surpreendente.

E como você decidiu, o Adriano fica comigo no hospital… e voce com a mãe em casa.

Mas …….o Adriano voltou sozinho. Só me abraçou.

E naquele abraço… eu entendi tudo.

Que dor, meu paizinho… que dor.

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Curiosidade sobre Júnior Mosko

Curiosidade

O artista Júnior Mosko,foi homenageado por um projeto inédito do Governo do Estado de São Paulo pela escola Estadual Dr.José Celso de Mello na sua cidade natal em Tatuí,onde sua obra ficará eternizada. A mesma,foi realizada pela artista plástica Nancy Del Guercio.

Reaprender os Domingos

Olhei para ela…

A velha churrasqueira.

Quantas vezes explodiu em chamas vivas,

como um coração pulsante,

acendido pelas mãos do meu pai.

Hoje, está ali… tímida,

sem o brilho do fogo,

sem a dança das brasas,

sem o riso ecoando nas paredes do quintal.


Ao redor dela,

sempre um violão dedilhado com amor,

vozes em coro,

família unida em canções e gargalhadas.

Domingos cheios de vida,

de cheiros, de histórias,

de carne assando lentamente —

e ele, com seu avental,

um verdadeiro mestre do fogo.

O melhor pedaço?

Sempre para ela.

A rainha do seu coração.

E a gente assistia aquilo

como quem vê o amor virar refeição.

Hoje fiquei ali, parado,

olhando a churrasqueira calada,

e senti que preciso…

reaprender a viver.

Os domingos estão mais vazios,

não há mais o assado ritual,

o conselho à beira da grelha,

o brilho nos olhos dele ao servir.

Mas há lembrança.

Há saudade quente.

Há histórias acesas no coração.

Não se apaga o que foi chama.

Não se reescreve o que já brilhou.

Mas dá pra acender de novo —

de outro jeito,

com outras mãos,

com a mesma alma.

A churrasqueira vai precisar de outro piloto,

e eu,

de outro modo de viver os domingos.

Ela chora brasas de saudade,

eu choro memórias em silêncio.

Mas juntos…

vamos reaprender.

Domingo por domingo.

Chama por chama.

sábado, 19 de julho de 2025

— Para Meninos e Gaivotas: a arte do retorno

Para Meninos e Gaivotas: a arte do retorno


Na sexta-feira, 18 de julho de 2025, às 15h,

o palco do SESI Sorocaba se encheu de encantamento.

Plateia lotada. Olhos atentos.

Ali se desenhou uma tarde inesquecível com o espetáculo

“Para Meninos e Gaivotas”.

Tudo em cena era poesia:

o elenco, entregue e vibrante,

a sonoplastia, que embalava como ondas de mar,

e os figurinos, que pareciam voar com as gaivotas.

Mas havia algo mais naquela apresentação:

um reencontro, um retorno com sabor de memória viva.


Victor Deluzzi, um dos atores em cena,

voltava, anos depois, ao ninho onde aprendeu a voar.

Foi lá pelos idos de 2010 que ele, ainda menino,

chegou a Sorocaba com a mala cheia de sonhos

e o desejo firme de fazer teatro.


Encontrou em Júnior Mosko o mestre,

em cada ensaio, um rito; em cada peça, uma iniciação.

Foram quatro anos intensos,

com cerca de dez espetáculos no currículo,

entre eles desafios imensos como

As Serepentes, de Nelson Rodrigues,

e Vazio, uma obra visceral de Mosko.

E agora, ali estava ele, no mesmo palco,

maduro, entregue, emocionado,

agradecendo pelo feliz retorno.

Na plateia, seu mestre assistia, orgulhoso.

Na cabine técnica, Claudinei de Jesus Rosa,

o mesmo que viu Victor nos seus primeiros passos,

sussurrou depois:

“Esse negócio de túnel do tempo não existe…”

Mas existia. Existia sim.

Porque naquele instante,

arte e vida se entrelaçaram como velhos amigos.

E como disse o dramaturgo:

a vida imita a arte.

Ou talvez — só talvez —

a vida seja a arte do encontro.

domingo, 13 de julho de 2025

Posse de Rafael Pereira celebra novos caminhos e reforça a importância do Rotary

Na noite de celebração e compromisso com a comunidade, Rafael Pereira assumiu oficialmente a presidência do Rotary Club Tatuí Cidade Ternura. A cerimônia de posse foi marcada por emoção, reconhecimento e pela reafirmação dos valores rotarianos de servir acima de si mesmo.


Entre os convidados especiais, esteve presente Júnior Mosko — artista, comunicador e referência na cultura e nos projetos sociais da região. Sua presença trouxe brilho e sensibilidade à solenidade, lembrando a todos da importância da arte, da escuta e da ação comunitária como ferramentas de transformação.

Durante o evento, destacou-se não apenas a trajetória de Rafael, mas também o papel vital que o Rotary desempenha na sociedade. Por meio de projetos humanitários, ações educacionais e iniciativas voltadas ao bem-estar coletivo, o clube reafirma seu compromisso com o desenvolvimento social e a promoção da paz.


A posse de Rafael Pereira representa um novo ciclo, mas também uma continuidade: a de homens e mulheres que se dedicam voluntariamente ao serviço, que acreditam no poder da união e da ética, e que, acima de tudo, buscam fazer a diferença.

Na noite de celebração e compromisso com a comunidade, Rafael Pereira assumiu oficialmente a presidência do Rotary Club Tatuí Cidade Ternura. A cerimônia de posse foi marcada por emoção, reconhecimento e pela reafirmação dos valores rotarianos de servir acima de si mesmo.

Entre os convidados especiais, esteve presente Júnior Mosko — artista, comunicador e referência na cultura e nos projetos sociais da região. Sua presença trouxe brilho e sensibilidade à solenidade, lembrando a todos da importância da arte, da escuta e da ação comunitária como ferramentas de transformação.

Durante o evento, destacou-se não apenas a trajetória de Rafael, mas também o papel vital que o Rotary desempenha na sociedade. Por meio de projetos humanitários, ações educacionais e iniciativas voltadas ao bem-estar coletivo, o clube reafirma seu compromisso com o desenvolvimento social e a promoção da paz.

A posse de Rafael Pereira representa um novo ciclo, mas também uma continuidade: a de homens e mulheres que se dedicam voluntariamente ao serviço, que acreditam no poder da união e da ética, e que, acima de tudo, buscam fazer a diferença.

Que essa nova gestão seja de conquistas, pontes e colheitas. O Rotary segue firme, com braços abertos e olhos atentos ao futuro.



Que essa nova gestão seja de conquistas, pontes e colheitas. O Rotary segue firme, com braços abertos e olhos atentos ao futuro.

terça-feira, 8 de julho de 2025

Encontro de Gigantes: José Desidério emociona Júnior Mosko em entrevista no “Cantinho da Amizade”

O apresentador e comunicador José Desidério protagonizou um dos momentos mais emocionantes da televisão local ao receber Júnior Mosko no tradicional programa Cantinho da Amizade, exibido no Canal 8 da NET, pela TV Com Sorocaba.

Conhecido por sua sensibilidade e profundo respeito pelos convidados, Desidério conduziu uma entrevista que entrou para a história do programa. Logo na abertura, emocionado, revelou que esperava por esse encontro há muitos anos. E não era para menos. Júnior Mosko, artista multifacetado, diretor, ator e comunicador, conhecido por sua discrição e por raramente conceder entrevistas sobre sua vida pessoal, abriu o coração como raramente se viu.

Durante a conversa, Mosko se emocionou ao relembrar sua trajetória, sua família e, principalmente, sua relação com Deus. Em um dos momentos mais tocantes do programa, não conteve as lágrimas diante das palavras afetuosas de Desidério, que destacou a importância de Júnior para a arte e a comunicação regional. “Você transformou vidas através da arte, Mosko. A cidade te deve muito”, disse o apresentador com a firmeza de quem sabe reconhecer o valor de um verdadeiro ícone.

O programa também reservou espaço para relembrar momentos marcantes da carreira de Júnior Mosko e sua influência na formação de novos artistas. Para muitos, foi uma oportunidade rara de conhecer um lado mais íntimo e humano do artista, que escolheu justamente o Cantinho da Amizade para esse reencontro com o público.

Curiosamente, o último programa em que Júnior falou abertamente sobre sua vida pessoal havia sido há anos, no lendário Programa da Xuxa, da TV Globo. A escolha de Desidério como novo confidente televisivo reafirma o respeito e a confiança entre dois grandes nomes da comunicação.

A entrevista completa pode ser conferida pela TV Com Sorocaba, no canal 8 da NET, em horário especial. Um encontro que, mais do que televisivo, foi um verdadeiro tributo à amizade, à arte e à fé.

domingo, 6 de julho de 2025

O Espetáculo das Fotos

Domingo à noite,

depois de um almoço em família,

a noitinha chega sorrateira,

e eu, que não gosto muito do pôr do sol,

sinto o peito apertar —

como se o dia dissesse adeus

devagar demais.

Hoje, confirmei uma entrevista.

Quase dez anos esperando por ela,

esse jornalista paciente.

Mal sabem…

Sou tímido, avesso a holofotes fora do palco.

Não gosto de entrevistas,

mas aceitei.

Pediram fotos.

E então, tive que visitar o passado.

E desde que papai partiu,

essa palavra — lembranças —

ganhou um gosto diferente.

Quase amargo.

As fotos, agora, falam outra língua.

Revelam mais do que mostram.

E ao vê-las, percebo:

Fiz tanta coisa…

No teatro, na TV, nos bastidores da arte.

Me pergunto:

Como coube tanta vida?

Mas foi aí que percebi:

As fotos que mais escolhi

foram da minha família.

Dos palcos improvisados da casa,

das viagens, aniversários,

almoços com cheiro de afeto

e cafés com gosto de eternidade.

Que bom poder dizer

que meu maior espetáculo

teve mamãe, papai, irmãos, sobrinhos,

meu companheiro — meu porto,

minha parceira de quatro patas,

fiéis à cena e ao coração.

Que nossa sala foi palco,

que o sol nos iluminava de verdade

e que a trilha sonora era

papai no violão,

mamãe cantando,

e a cachorrinha latindo no compasso certo,

como quem aplaude com amor.

Esse espetáculo chamado vida em família,

que não tinha roteiro,

mas que sempre soube emocionar.

Agora, falta gente no palco.

O vazio pesa.

Mas o espetáculo tem que continuar.

E a força vem do amor que ficou,

do que ainda pulsa entre nós.

Como mamãe canta, suave e forte:

“Canta, canta, minha gente,

deixa a tristeza pra lá…”

E esse poema

é só um desabafo —

de quem precisou escolher algumas fotos

e acabou revivendo

toda uma história de amor.

sábado, 5 de julho de 2025

Arraiá da Associação Fazendo Arte: um encontro de corações aquecidos pela cultura

Neste último sábado, os ventos do inverno trouxeram muito mais do que frio: trouxeram aconchego, música e alegria para dentro da Associação Fazendo Arte. A sede se encheu de bandeirinhas, cheiros de milho, cores vivas e, principalmente, sorrisos.


Quem também fez questão de marcar presença foi Júnior Mosko, fundador e presidente da Associação, que além de receber a todos com carinho, se emocionou ao ver a casa cheia de gente festeira, familiares unidos e alunos dançando com brilho nos olhos.


A festa, cuidadosamente preparada por uma equipe apaixonada, teve tudo que um bom arraiá precisa: mesa farta com quitutes típicos, quadrilha animada, decoração caprichada e um clima de pertencimento que só se encontra onde a arte é feita com o coração.


Mais do que uma celebração, a festa Julina foi um lembrete vivo de que a cultura popular pulsa forte na Fazendo Arte. Ali, cada encontro é também um recomeço, cada passo de dança é também um gesto de amor.

E foi assim, entre risadas, cantigas e passos de quadrilha, que a Associação mais uma vez provou que fazer arte é, acima de tudo, fazer laços.

sexta-feira, 4 de julho de 2025

O que essa foto fala

Essa foto é um verdadeiro tesouro do passado — cheia de ternura, afeto e uma aura nostálgica que salta aos olhos. Vamos dar vida a ela com palavras:


🖤 “No tempo em que o amor era simples” 🖤

Um pai jovem, de camisa bem passada e sorriso discreto, apoia-se com orgulho.

À sua frente, um pequeno rei em seu trono de arame — meias estampadas, olhos curiosos voltados ao alto, como quem sonha com o céu.

Sobre a cama, um mundo de infância: o urso de pelúcia com laço elegante, a bola listrada, o cavalinho, roupinhas dobradas com cuidado.

Na parede, um crucifixo vigia em silêncio a cena que mistura fé, família e o afeto sincero de um tempo onde os presentes vinham embrulhados em carinho.

Essa imagem é mais que um retrato — é um capítulo de história, um fragmento de memória que nos lembra de onde viemos, quem nos amou primeiro, e do quanto a vida é feita de instantes eternos.

domingo, 29 de junho de 2025

Reprogramação do corpo e da alma

Vivemos tempos em que é urgente reprogramar.

O corpo que adoece com pressa.

A alma que se afoga em culpa e medo.

Fomos ensinados a nos ajoelhar, mas não a nos levantar.

A obedecer, mas não a escutar o que vibra dentro.

Deus…

Deus não está nos palcos dourados de vaidade,

nem nas palavras frias repetidas sem sentido.

Deus não está no lucro travestido de fé,

nas cadeias disfarçadas de dogma.

Não.

Deus está onde a vida pulsa com verdade.

Deus está no olhar que acolhe,

na mão que divide o pão sem pedir nome.

Está na gratidão que nasce sem espetáculo,

na doação que não espera aplauso.

Não fomos feitos para sermos moldados em medo,

mas para florescer em liberdade.

A reprogramação começa quando tiramos os filtros do que nos disseram ser “sagrado”

e começamos a ver o divino nas pequenas ações de bondade.

O templo verdadeiro é o corpo em paz.

O altar é a consciência limpa.

A oração mais potente é o silêncio que escuta.

Desprogramar os interesses dos homens,

para reprogramar com a simplicidade de Deus:

presente no gesto, no amor, na presença.

Júnior mosko

sexta-feira, 27 de junho de 2025

Reprogramar sem culpa

É possível recomeçar sem dor?

É possível renascer sem carregar o peso da culpa?

Sim.

É possível.

O corpo guarda memórias.

Cada dor, cada negação, cada vez que você disse “sim” querendo gritar “não”,

ficou ali, armazenado.

O corpo aprendeu a se defender, a endurecer, a calar.

A alma também.

Mas o tempo chega.

O tempo de reprogramar.

De ensinar ao corpo que ele não precisa mais sobreviver — ele pode viver.

De ensinar à alma que ela não precisa mais temer — ela pode confiar.

Não se trata de apagar o passado,

mas de acolhê-lo como um mestre que cumpriu seu papel.

Sem rancor. Sem vergonha. Sem culpa.

A culpa é uma prisão que enfraquece o passo e diminui o brilho do olhar.

Reprogramar é um ato de coragem amorosa:

ouvir o corpo com paciência,

abraçar a alma sem cobrança,

aceitar que a transformação começa no instante em que você se permite ser novo.

Não há fórmula mágica.

Há respiração, presença, escuta, entrega.

Há dança, silêncio, natureza, arte.

O corpo reaprende a se movimentar com liberdade.

A alma reaprende a confiar no que sente.

E Deus — esse Deus que mora no instante vivo — sorri e acompanha cada passo.

Não precisamos da culpa para crescer.

Precisamos de consciência e gentileza.

A reprogramação verdadeira começa no dia em que você olha para si

e diz, com verdade:

“Eu mereço paz.”

Júnior mosko

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Júnior Mosko marca presença no lançamento da 25ª edição do Bacalhau Amigo, realizado pelo SOS Sorocaba

Na noite de celebração e solidariedade que marcou o lançamento da 25ª edição do tradicional Bacalhau Amigo, o artista e comunicador Júnior Mosko foi uma das presenças ilustres do evento, realizado pelo SOS Sorocaba, uma das entidades mais respeitadas da cidade pelo trabalho contínuo na assistência social e acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade.


Com sua presença marcante e carismática, Júnior reencontrou grandes amigos, como Júlio César de Sousa Martins e sua esposa Benete Martins, com quem trocou sorrisos, histórias e registros especiais da noite. Sempre ao lado de seu parceiro de jornada Adriano Rodrigues, Júnior tem se destacado não apenas por seu trabalho artístico, mas também por apoiar e valorizar ações e eventos que fazem a diferença na comunidade.


A participação de Júnior Mosko reafirma seu compromisso com a cultura, a solidariedade e o fortalecimento dos laços sociais de Sorocaba. Como sempre, ele faz a diferença por onde passa.


O amor pode ser feito de silêncio

O amor pode ser em preto e branco,

feito silêncio no meio da tempestade.

Pode ser colorido,

um arco-íris depois da dor.

Ou até mesmo sem cor —

mas nunca sem presença.


Porque o amor verdadeiro

não precisa de enfeites.

Ele se revela

na mão que se estende, firme,

no instante em que tudo parece ruir.

Obrigado por ter segurado a mão do meu pai

quando o chão nos faltava.

Obrigado por ter sido abrigo,

por ter sido luz, mesmo em sombra.

Te amo.

Te amo — com todas as cores que a alma pode sentir.

domingo, 8 de junho de 2025

Júnior Mosko é destaque em evento da Uniso sobre o projeto Fazendo Arte

No último sábado, 07 de junho, a Cidade Universitária da Uniso (Universidade de Sorocaba) foi palco de um encontro especial entre educação, cultura e transformação social. O evento, realizado pelos alunos do curso de Relações Públicas, teve como foco central o Fazendo Arte, projeto social que tem mudado vidas por meio do teatro, e contou com a participação especial do artista Júnior Mosko, idealizador e coordenador da iniciativa.

O Fazendo Arte é muito mais que uma atividade extracurricular. É um movimento cultural e educacional que, há anos, oferece a crianças, adolescentes e adultos de diferentes comunidades de Sorocaba a oportunidade de se expressar, desenvolver talentos e fortalecer vínculos sociais por meio das artes cênicas. O projeto já formou inúmeros alunos, muitos dos quais seguiram carreira artística ou acadêmica.


Durante o primeiro semestre, os alunos de Relações Públicas da Uniso mergulharam no universo do projeto, estudando sua proposta, impactos sociais e estratégias de comunicação. O evento de sábado foi o encerramento dessa jornada acadêmica — e ninguém melhor que Júnior Mosko para compartilhar sua visão, suas histórias e a importância de acreditar no potencial transformador da arte.


Júnior foi recebido com entusiasmo por estudantes, professores e pelo coordenador do curso, que destacaram sua trajetória como exemplo de resistência e inspiração. Sua fala emocionou os presentes, reforçando o papel do teatro como ferramenta de inclusão, empoderamento e construção de cidadania.


A solenidade também contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Sorocaba, Pastor Luiz Santos, que prestigiou a iniciativa e elogiou o envolvimento dos alunos com causas sociais relevantes.

O evento reafirmou a importância do diálogo entre universidade, comunidade e projetos sociais. E mais do que isso: mostrou que quando arte e educação caminham juntas, os resultados podem ser verdadeiramente transformadores.

sexta-feira, 30 de maio de 2025

Um mês sem você

Hoje faz um mês, pai…

Hoje faz um mês que o tempo parou,

Que o “oi, fio” ecoou pela última vez no vento,

E desde então, o silêncio tem morado com a gente.

As viagens ficaram nos mapas,

E o Guarujá virou lembrança nas ondas do mar.

Tem uma garrafa de vinho pela metade,

E eu não sei se espero você voltar

Ou deixo o tempo beber o resto.

O violão emudeceu…

As cordas sentem sua falta — não desafinam, apenas choram.

Zara, nossa pequena,

Te procura no portão com o rabinho ansioso

E os olhos perguntando por que você está demorando tanto.

Na sala, a cadeira balança só na memória,

E até suas flores…

Suas flores também estão quietas.

A amarela não brotou — talvez sinta sua ausência no sol.

Mamãe, sua benção viva,

Chora calada.

Tenta ser forte, canta sozinha,

Mas sua voz treme com as notas

Das canções que vocês dividiram por uma vida inteira.

A saudade virou moradora da casa,

Faz morada nos quadros, nos talheres, nas cortinas,

E no silêncio das 18h.

Hoje, pai, às seis em ponto,

Você se foi.

E desde então,

Choro escondido, para não pesar ainda mais os olhos da mamãe.

Mas vou confessar:

Às vezes choramos juntos — e isso dói e consola ao mesmo tempo.

Encontrei seu livro de orações,

E no meio, São Judas Tadeu, seu santo amigo.

Talvez ele esteja aí com você.

Talvez você leia para ele, como lia para mim.

Pai…

Onde estão suas músicas?

Seu “oi, fio”?

Seu “eu te amo”?

Cadê você no mundo?

Porque aqui…

Aqui ficou tudo tão mais cinza.

Tão mais silêncio.

Tão mais falta.

Mas mesmo assim, a gente ama você — todos os dias.

E espera, um dia, poder ouvir de novo:

“Oie, fio.”